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27 de Abril de 2024

Denúncia do MPF contra prefeito de Aracaju (SE) é mantida no STJ

Embargos de declaração opostos pelos réus foram rejeitados pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, que manteve decisão de recebimento da denúncia do MPF

há 11 anos

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 12 acusados de envolvimento no desvio de dinheiro investigado pela Operação Navalha foi mantida pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte Especial manteve, na íntegra, decisão do colegiado que aceitou a denúncia do MPF, em março deste ano. Entre os 12 acusados estão o prefeito de Aracaju e ex-governador de Sergipe, João Alves Filho, e o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama.

A corte rejeitou os embargos declaratórios opostos pelos réus. João Alves Filho alegou que a decisão da corte especial não explicitou a forma como se deu a prática de quatro crimes de corrupção passiva por parte do primeiro réu. Zuleido Veras apontou contradição, pedindo que fosse esclarecido de quantos delitos de corrupção passiva terá que se defender.

A ministra e relatora Eliana Calmon afirmou que houve a imputação da prática do crime de quadrilha a parte dos agentes denunciados. O MPF imputou aos embargantes a prática do crime de formação de quadrilha, expondo de forma suficiente a atuação de cada um dos acusados, autorizando o recebimento da denúncia e o consequente início da instrução criminal, disse Calmon.

Na última sexta-feira, 10 de maio, o subprocurador-geral da República Durval Tadeu Guimarães enviou parecer ao STJ contra o recurso ordinário em habeas corpus (RHC 37.111/DF), interposto por Zuleido Veras. O réu pede a suspensão do processo penal que corre em primeira instância contra ele, uma vez que a licitude probatória das interceptações telefônicas está sendo discutida no STJ. Para o MPF, a controvérsia sobre a licitude da prova não prejudica o andamento da ação criminal da primeira instância, quando assegurados os princípios da ampla defesa e do contraditório. Além disso, segundo o MPF, "o habeas corpus não é a via prevista para se discutir a presença ou não de elementos probatórios suficientes para sustentar uma ação penal".

Entenda o caso O MPF denunciou, em maio de 2008, o então governador de Sergipe e atual prefeito de Aracaju, João Alves Filho, o sócio-diretor da empresa Gautama, Zuleido Veras, e mais 60 pessoas por crimes contra o sistema financeiro nacional, fraudes a licitações, peculato, corrupção passiva e ativa, entre outros. As investigações revelaram um grupo organizado voltado para a obtenção ilícita de lucros por meio da contratação e execução de obras públicas. Os esquemas de desvio de dinheiro público ocorriam em Alagoas, Maranhão, Piauí e Sergipe, protagonizados por Zuleiro Veras e seus empregados, com o envolvimento de empresários, servidores públicos e agentes políticos.

Com informações do STJ.

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