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26 de Abril de 2024
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    MPF e PF deflagram operação contra desvios de verba na área de saúde

    há 14 anos

    O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã desta quarta-feira, 20 de janeiro, a Operação Pathos, cumprindo 30 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, em São Paulo e em Pernambuco. O objetivo é desbaratar uma organização criminosa especializada em desviar dinheiro público destinado, principalmente, à área da saúde. Há indícios de prejuízo superior a R$ 9 milhões aos cofres públicos municipal e federal.

    Em 2007, o Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre fez uma representação ao MPF apontando irregularidades na contratação de uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que prestava serviços relacionados ao Programa da Saúde da Família (PSF) da capital gaúcha. A partir daí, foi instaurada investigação pelo Núcleo de Ações Ordinárias (Naor) da Procuradoria Regional da República da 4ª Região.

    Segundo o MPF, embora as verbas destinadas ao PSF grande parte delas oriundas do Fundo Nacional da Saúde devessem ser empregadas exclusivamente em ações voltadas para a qualificação da atenção primária à saúde, os investigados teriam se apropriado de parcela considerável dos recursos. O desvio, em geral, era feito por meio de prestações fictícias de serviços, a maioria deles estranhos à área da saúde e não comprovados por documentos. Entre eles, estão trabalhos de advocacia, consultoria, planejamento, auditoria, assessoria, marketing, propaganda, palestras e materiais para escritório, inclusive com emissão de notas fiscais falsas.

    Ainda conforme o MPF, teriam sido desviados aproximadamente R$ 400 mil mensais, além de haver indícios da apropriação de mais R$ 4 milhões que estariam depositados como provisão para encargos trabalhistas, 13º salário e férias, totalizando prejuízo superior a R$ 9 milhões aos cofres públicos municipal e federal. De acordo com as investigações realizadas até o momento, a organização criminosa seria composta por empresários e agentes públicos associados para praticar crimes contra a administração pública, como peculato doloso e culposo, emprego irregular de verbas públicas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes previstos no Decreto-Lei 201/67.

    Neste contexto, acolhendo representação do MPF, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região expediu 30 mandados de busca e apreensão contra 25 alvos situados em Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Santo André (SP), Tatuí (SP), Votorantim (SP) e Recife (PE). O objetivo principal é colher provas que confirmem os indícios já apurados.

    Pathos - A operação ganhou o nome de Pathos porque, em concepção moderna e simplificada, a palavra significa doença. Paralelamente, na filosofia grega, Pathos é sinônimo de espanto, passividade e sofrimento, conceitos que descrevem fielmente o sentimento da sociedade perante crimes que lesam de forma repetitiva uma de suas faces mais frágeis, a saúde pública.

    Assessoria de Comunicação

    Procuradoria Regional da República na 4ª Região

    (51) 3216-2016, 3216-2015 ou 9701-0914

    Twitter: http://twitter.com/mpf_prr4

    YouTube: www.youtube.com/tvmpf

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