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19 de Abril de 2024
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    MPF coleta informações para reconstrução de investigação sobre caso de trabalho escravo no Pará

    Corte Interamericana de Direitos humanos determinou reabertura de caso sobre flagrante de trabalho escravo ocorrido em 2000 na fazenda Brasil Verde, em Sapucaia

    há 7 anos

    O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota nesta terça-feira, 25 de abril, para solicitar apoio dos cidadãos para a reunião de informações relativas ao caso de submissão de 85 trabalhadores a condições semelhantes à escravidão e a tráfico de pessoas na fazenda Brasil Verde, em Sapucaia, no sudoeste do Pará.

    O reinício das investigações foi determinado no final de 2016 pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Para a corte, o Estado brasileiro não adotou medidas para prevenir, interromper ou punir os crimes flagrados em 2000 pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho.

    Como reparação, o Estado Brasileiro foi condenado a restabelecer os autos judiciais nº 2001.39.01.000270-0, iniciado em 2001 perante a 2ª Vara da Justiça Federal de Marabá.

    Na época ainda não havia sido consolidada a competência federal para investigar o crime de trabalho escravo, o que levou a Justiça Federal a remeter o processo à Justiça Estadual em Xinguara, no Pará. Depois disso, os autos não foram mais localizados.

    A reconstituição dos fatos e da investigação tem o intuito de identificar, processar e punir os responsáveis pelos crimes cometidos. "O MPF se preocupa em dar publicidade ao tema também por essa ser uma das determinações da sentença, assim como colocado no despacho, para que as pessoas saibam da condenação e saibam o que está sendo feito", explica o procurador da República Igor da Silva Spíndola, responsável pela retomada do caso.

    A CIDH determinou ainda que a União indenize cada vítima em 40 mil dólares.

    Como colaborar – Vítimas e seus conhecidos e familiares que tenham informações que sirvam à retomada das investigações devem entrar em contato com o MPF.

    Em Redenção, a Sala de Atendimento ao Cidadão funciona das 14 às 18 horas, na sede do MPF no município (rua Pedro Coelho de Camargo, nº 280, bairro Park dos Buritis I). Os telefones são (94) 3424-1537 e (94) 3424-3644.

    Pela internet, o site da Sala de Atendimento ao Cidadão do MPF é o http://cidadao.mpf.mp.br . O serviço também pode ser acessado por meio de aplicativo gratuito para smartphones. O aplicativo SAC MPF está disponível para os sistemas iOS e Android.

    Instituições consultadas – Para complementar as investigações o procurador da República Igor Spíndola já determinou que sejam encaminhadas solicitações de informações à Justiça Federal, à Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho e ao MPF em Marabá e ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

    Às organizações não governamentais Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil) e Comissão Pastoral da Terra, que denunciaram o caso à CIDH, o MPF também pediu dados, além de solicitar que essas organizações auxiliem a informar as vítimas e suas famílias sobre a abertura da investigação.

    Vítimas encontradas na fiscalização de 2000:

    Alcione Freitas Sousa

    Alfredo Rodrigues

    Antônio Almir Lima da Silva

    Antônio Aroldo Rodrigues Santos

    Antônio Bento da Silva

    Antônio da Silva Martins

    Antônio Damas Filho

    Antônio de Paula Rodrigues de Sousa

    Antônio Edvaldo da Silva

    Antônio Fernandes Costa

    Antônio Francisco da Silva

    Antônio Francisco da Silva Fernandes

    Antônio Ivaldo Rodrigues da Silva

    Antônio Paulo da Silva

    Antônio Pereira da Silva

    Antônio Pereira dos Santos

    Carlito Bastos Gonçalves

    Carlos Alberto Silva Alves

    Carlos André da Conceição Pereira

    Carlos Augusto Cunha

    Carlos Ferreira Lopes

    Edirceu Lima de Brito

    Erimar Lima da Silva

    Firmino da Silva

    Francisco Antônio Oliveira Barbosa

    Francisco da Silva

    Francisco das Chagas Araújo Carvalho

    Francisco das Chagas Bastos Souza

    Francisco das Chagas Cardoso Carvalho

    Francisco das Chagas Costa Rabelo

    Francisco das Chagas da Silva Lira

    Francisco Mariano da Silva

    Francisco das Chagas Diogo

    Francisco das Chagas Moreira Alves

    Francisco das Chagas Rodrigues de Sousa

    Francisco das Chagas Sousa Cardoso

    Francisco de Assis Félix

    Francisco de Assis Pereira da Silva

    Francisco de Souza Brígido

    Francisco Ernesto de Melo

    Francisco Fabiano Leandro

    Francisco Ferreira da Silva

    Francisco Ferreira da Silva Filho

    Francisco José Furtado

    Francisco Júnior da Silva

    Francisco Mirele Ribeiro da Silva

    Francisco Pereira da Silva

    Francisco Soares da Silva

    Francisco Teodoro Diogo

    Geraldo Ferreira da Silva

    Gonçalo Constâncio da Silva

    Gonçalo Firmino de Sousa

    Gonçalo José Gomes

    Gonçalo Luiz Furtado

    Jenival Lopes

    João Diogo Pereira Filho

    José Cordeiro Ramos

    José de Deus de Jesus Sousa

    José de Ribamar Souza

    José do Egito Santos

    José Gomes

    José Leandro da Silva

    José Renato do Nascimento Costa

    Juni Carlos da Silva

    Lourival da Silva Santos

    Luis Carlos da Silva Santos

    Luiz Gonzaga Silva Pires

    Luiz Sicinato de Menezes

    Manoel do Nascimento

    Manoel do Nascimento da Silva

    Manoel Pinheiro Brito

    Marcio França da Costa Silva

    Marcos Antônio Lima

    Paulo Pereira dos Santos

    Pedro Fernandes da Silva

    Raimundo Cardoso Macêdo

    Raimundo de Andrade

    Raimundo de Sousa Leandro

    Raimundo Nonato da Silva

    Roberto Alves Nascimento

    Rogério Félix Silva

    Sebastião Pereira de Sousa Neto

    Silvestre Moreira de Castro Filho

    Valdir Gonçalves da Silva

    Vicentina Maria da Conceição

    PIC – 1.23.005.000177/2017-62 – Ministério Público Federal em Redenção (PA)

    Íntegra da sentença

    Íntegra do despacho inicial

    Ministério Público Federal no Pará
    Assessoria de Comunicação
    (91) 3299-0148 / 98403-9943 / 98402-2708
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