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19 de Abril de 2024
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    MPF investiga irregularidades em hospitais públicos de Guarulhos (SP)

    Crise no Hospital Municipal de Urgências (HMU) e no Hospital da Criança e do Adolescente tem deixado a população sem atendimento

    há 6 anos

    Após denúncias sobre más condições de atendimento em hospitais públicos de Guarulhos (SP), o Ministério Público Federal abriu procedimento cível para apurar as irregularidades no Hospital Municipal de Urgências (HMU) e no Hospital da Criança e do Adolescente. Além das denúncias, a Procuradoria tomou conhecimento da situação dos hospitais por meio de notícias veiculadas pela imprensa. Dentre as irregularidades estão a falta de limpeza, omissão nos atendimentos à população, falta de médicos, alto índice de infecção hospitalar e contaminação por superbactéria.

    Diante da gravidade das denúncias, o MPF instaurou inquérito para apurar a real situação dos dois principais hospitais que oferecem atendimento pelo SUS em Guarulhos. No Hospital da Criança e do Adolescente, há denúncias sobre falta de médicos e problemas de higiene. No HMU, que só atende atualmente emergências, quatro pacientes foram contaminados por superbactéria cuja origem também é a falta de higienização.

    A crise financeira e de gestão dos principais hospitais de Guarulhos também repercute negativamente na vida dos profissionais de saúde. Médicos, enfermeiros e profissionais de outras categorias que trabalham no Hospital da Criança e no HMU estão com os salários atrasados e há meses sem receber.

    Os hospitais são geridos pelo Instituto Gerir, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). De acordo com uma das denúncias, não houve transparência na escolha da organização que iria administrar os dois hospitais. O Instituto Gerir alega que o valor repassado pela Prefeitura de Guarulhos, atualmente R$ 4,7 milhões por mês, não está sendo suficiente para que a organização mantenha as duas unidades em pleno funcionamento, por conta do aumento dos gastos. A instituição pede R$ 7 milhões ao município.

    Como há esse impasse entre a Prefeitura e o Instituto, alguns funcionários que estão com o salário atrasado há cerca de 90 dias entraram em greve e um dos hospitais ameaçou fechar as portas. Para evitar ainda mais danos à população que depende do atendimento do HMU e do Hospital da Criança e do Adolescente, o MPF determinou que sejam feitas diligências para averiguar as condições de cada local e solicitou reuniões com os responsáveis pela administração das unidades.

    “A situação dos hospitais de Guarulhos é bem preocupante e é dever do MPF apurar eventuais irregularidades e contribuir para a busca por soluções que evitem a precarização dos serviços de saúde e até o fechamento de unidades, como chegou a ser noticiado”, afirma o procurador Guilherme Göpfert, responsável pelo caso.

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